HOME Notícias
Variante indiana do novo coronavírus é detectada no Maranhão

Um dos tripulantes da embarcação, de nacionalidade indiana, está internado em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital particular de São Luís

JOÃO VALADARES

RECIFE, PE (FOLHAPRESS)

Foto: Reprodução/TV Mirante

Os primeiros casos da variante indiana do novo coronavírus no Brasil foram confirmados nesta quinta-feira (20) no estado do Maranhão. A Secretaria Estadual de Saúde informou que a variante B.1.617 foi detectada em seis amostras coletadas em tripulantes do navio MV Shandong da ZHI, com bandeira de Hong Kong, ancorado em alto-mar na costa de São Luís, desde o dia 7 de maio.

Um dos tripulantes da embarcação, de nacionalidade indiana, está internado em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital particular de São Luís desde o sábado passado (15). Ele precisou ser levado de helicóptero do navio até a unidade de saúde. 

No total, de acordo com informações do governo estadual, 15 tripulantes tiveram teste positivo para Covid-19, e 9, diagnóstico negativo. Todas as seis amostras com maior carga viral enviadas para sequenciamento genômico ao Instituto Evandro Chagas, no Pará, apresentaram resultado positivo para a sublinhagem B.1.617.2, uma das três da variante indiana.

Há 23 tripulantes em quarentena, isolados em cabines individuais, dentro da embarcação. A Secretaria Estadual de Saúde comunicou que 2 deles apresentam sintomas leves e 12 continuam assintomáticos. A Vigilância Sanitária Estadual notificou a empresa responsável pela embarcação quanto à proibição do navio atracar na área portuária.

Até o momento, não há identificação de transmissão local da variante indiana. O governo do Maranhão destacou que o Ministério da Saúde (MS) foi comunicado para adoção das medidas cabíveis. Uma equipe da Secretaria de Vigilância em Saúde foi encaminhada para São Luís.

A B.1.617 surgiu em outubro de 2020, mas, até o início de abril, ela correspondia a cerca de 24% das amostras sequenciadas do vírus na Índia. Já no dia 24 de abril, ela era dominante e representava mais de 80% das amostras analisadas.

PUBLICIDADE